A Cunha (na Rua de Sá da Bandeira) recomenda-se aos amantes do retro, porque é como ir jantar ao cenário da laranja mecânica. Só que em vez de jovens maquilhados e vestidos de branco, tem homens gordos e de bigode, e um ou outro empregado a cheirar do sovaco. Mas mesmo assim, vale pelo cenário, e pela foto da ementa que deve ser a mesma desde os anos 80 (com uma cabeça de leitão no meio das couves - hummm até faz crescer água na boca....). Os camarões estavam um bocado passados e a francesinha não deixou saudades, mas mesmo assim vale a pena ir lá enquanto algum jeitoso não se lembrar de "actualizar" a decoração.
A Casa Viúva (perto da praça de Carlos Alberto) é o epítome do tasco português. Tem os três requisitos: um só empregado para a sala toda, o cheiro a fritos impregnado nos lambris de madeira e as luzes fluorescentes. Mas também tem um factor de distinção - o único empregado que serve a sala toda é também o mesmo que lava a loiça À MÃO ao mesmo tempo. A loiça TODA, incluindo, claro está, cinzeiros à mistura com os copos e pratos. E ainda por cima, é simpático e não perde a calma. Só não peçam é peixe, ou vinho.
8 de novembro de 2007
Percursos bacanalianos do Porto
posto pelo Alexandre às 17:56
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1 comentário:
Eheh!
Continua a escrever assim, que eu gosto!
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